Cristianismo Primitivo

Há uma fase na história do cristianismo, cerca de 30 DC, ou seja, poucos anos após a ressurreição de Jesus e vai até por volta de 300 DC que é chamada de “Era apostólica” ou “Igreja Primitiva”.

No inicio as igrejas estavam em formação e em sua maioria estavam em Jerusalém sobre a orientação dos apóstolos, entre eles Pedro, João e Tiago. E entre os primeiros cristãos estavam os judeus e os gentios convertidos ao judaísmo.

Pregando um ideal religioso universalista, mantendo o traço monoteísta da religião judaica ele passou uma mensagem de salvação oferecida a todo o mundo. Além de reformular conceitos, ele apoiou o amor ao próximo, a igualdade entre os homens e o desapego material. Muitos desses princípios eram divergentes da vida cotidiana da enriquecida elite romana daquele período.

No entanto, sua promessa de salvação ganhou grande simpatia das classes marginalizadas do Império Romano. Plebeus, escravos e colonos viam na mensagem de Jesus um instrumento de redenção contra a opulência e a exploração do mundo romano. Seguindo seus ensinamentos, vários homens daquela época tornaram-se discípulos incumbidos de pregar a mensagem do messiânico profeta judeu. Sua mensagem e seu martírio, ao longo do século I, arrebanhavam vários fiéis que agora se reuniam nas primeiras comunidades cristãs.

Porém, a maioria de seus adeptos não se dá ao trabalho de conhecer os outros princípios religiosos que buscam Jesus. Assim, recebem as informações incompletas, preconceituosas e distorcidas, ensinadas pelos diversos dirigentes e responsáveis por suas religiões.

O preconceito é a ausência de conceito, por isso o Mestre nos orienta, em João, 8:32, que busquemos a verdade, pois só assim nos libertaremos.

Ao refletirmos sobre o conteúdo do capítulo 8, versículo 20 do evangelho de Mateus, citado acima, encontramos motivos para um balanço reflexivo ao longo da história. Este balanço passa pela avaliação do que Jesus realmente pregou e do que se tem praticado, em seu nome, ao longo desses dois mil anos.

Jesus demonstra neste versículo como deveriam ser os seus seguidores: tomar como ensino fundamental que o reino de Deus não é deste mundo e ter, antes de tudo, desprendimento e desinteresse total por tudo o que é efêmero.

Jesus não fundou igrejas ou nenhum outro tipo de edificação com finalidade de prática religiosa. A sua religião foi o amor caracterizado na simplicidade dos profundos ensinamentos, no atendimento e assistência ao necessitado em qualquer lugar.

Segundo Mateus, “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo”.

A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E Ele os curava. (Mt., 4:23 e 24.)

Observemos a maneira de Jesus assistir e ajudar os sofredores.