O homem pássaro - um herói solar

 O Homem Pássaro foi uma série de animação que fez bastante sucesso também no Brasil. As aventuras do herói alado são uma prova de que a produtora Hanna-Barbera vivia sua época de ouro na década de 1960. Com roteiros bem elaborados e uma animação ágil, o seriado - que tinha episódios curtos com aproximadamente 8 minutos cada - agradava crianças e adultos. Cada programa trazia, além de dois episódios do Homem-Pássaro, um com o também famoso Galaxy Trio. Os dois desenhos foram criados pela Hanna-Barbera em 1967 e eram distribuídos em conjunto para serem exibidos.

O desenho foi bastante popular e teve muito fôlego - que foi renovado após a primeira temporada com o surgimento do Menino-Pássaro (Bird Boy), que aqui no Brasil nem chegou a ser muito conhecido.

 O Homem-Pássaro era um super-herói que possuía asas em suas costas que lhes davam a capacidade de voar, além disso, ele recebia energia do Sol e conseguia gerar raios com seus braceletes, e campos de força. Em sua base secreta, a "pássaro-caverna", dentro de um vulcão extinto, no meio de uma cadeia de montanhas rochosas, vivia o herói alado, ao lado do inseparável pássaro Vingador e também do Menino-Pássaro.

O herói fazia alguns trabalhos para o governo americano - seu contato, o misterioso chefe da organização, atendia pelo código Falcão 7. O agente, que usava um tapa olho, buscava a ajuda do herói pelo painel de controle da base de operações do Homem Pássaro. Bastava um chamado do Falcão 7, indicando que uma nova ameaça surgiu e que mais uma vez estávamos numa situação de emergência, que o Homem Pássaro saia voando e bradando sua marca registrada: “Hoooooomem Pássaro!”

Combatendo fantásticas naves, seres espaciais, monstros aquáticos, destruidoras armas foguetes, robôs, raios laser ou aranhas gigantes o herói nunca desistia na sua luta contra o mal. Porém o nosso grande guerreiro possuía, como todos os heróis, um ponto fraco: Sua fonte de força se encontrava nos raios solares e em toda aventura ele precisava se carregar, voando em direção ao astro rei. O problema é que seus inimigos sempre davam um jeito de prendê-lo longe do sol, esgotando os poderes do herói. Na “hora H”, o herói escapava, reabastecia suas energias e dava conta do recado.

O Significado oculto do Falcão

O Reino dos pássaros é o ar que interliga o Paraíso com a Terra. São os pássaros que se movem entre ambos. Fazem o caminho entre a espiritualidade e a matéria. O ar em movimento é o vento que simboliza o movimento e a capacidade de voar, nas asas da inspiração, intuição e criatividade.

O Falcão sempre desempenhou um papel importante na mitologia de várias civilizações
Associado a Freyja e à feitiçaria na mitologia Nórdica, o falcão era um animal dotado de dois poderes especiais: o vôo e a visão. O vôo simbolizava o poder de viajar entre mundos, bem como seu fácil alcance entre o céu e a terra, tornando-se um elo entre todos os seres e mundos. Freyja tinha uma capa de penas de falcão e com ela podia transmutar-se numa ave e fazer essa mesma jornada entre mundos. O mesmo acontecia com a sua visão, um dom especial, uma vez que ia além do habitual alcance do homem. No topo de Yggdrasil está uma grande águia que possui um falcão entre os seus olhos, simbolizando o poder da visão. Assim, temos o Falcão como um símbolo de conexão divina e espiritual, símbolo de equilíbrio entre o céu e a terra, provedor de visão e provedor da expansão do espírito para o além. Ao estar relacionado com a conexão entre mundos e com a Árvore da Vida Nórdica, podemos relacionar o Falcão com a carta de Tarot O Dependurado.

Esta carta pede-nos para encarar-mos a realidade de uma nova perspectiva, a pararmos e ver-mos o mundo ao contrário do que nos é habitual...O Arcano XII do Tarot representa o sacrifício a que são submetidos todos aqueles que perseguem um ideal. Também está relacionado com o tema do voo durante os sonhos (ligação entre mundos) e do isolamento dos místicos. Mostra-nos um homem suspenso por um pé, amarrado numa viga de madeira apoiada entre duas árvores, cada uma com seis ramos cortados. Esta moldura forma um quadrado o que nos remete para o mundo material. Neste sentido, os doze ramos cortados podem exprimir a extinção da vida, por isso, este arcano pode representar aquele que não vive a vida terrena, mas que está num mundo de sonhos idealizados. As pernas cruzadas denotam a predominância do mundo material sobre o espiritual, o pé não amarrado indica contudo que a situação não é incorrigível. Tem uma expressão serena com as mãos nos bolsos, como se estivesse a observar. Isso quer dizer que às vezes, temos que olhar as coisas por um outro ângulo para que possamos compreendê-las.

Já na mitologia Egípcia, o Falcão era considerado o único animal a poder fixar o Sol, sendo por excelência o animal de Hórus, o Deus-Sol. Já no período pré-dinastico os reis eram conhecidos como seguidores de Hórus. Durante o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), o Deus-Sol era adorado como pai legítimo do faraó reinante, criador de todas as leis e entidade de quem emanava toda a autoridade visível. O Deus-Sol governava nos céus como um soberano divino, contrapartida celestial do faraó. Hórus, representado pelo falcão, era o deus do céu, um símbolo da realeza divina e o protector do faraó reinante. Este Deus foi pessoalmente identificado com o rei, talvez porque o Falcão podia voar através dos céus a grandes alturas e vigiar o império. Todo o faraó, ao reinar, usava o nome de Hórus como o primeiro dos seus títulos e o seu trono era o trono de Hórus. Para os egípcios o faraó era Hórus, o falcão celeste, cujos olhos representavam o Sol e a Lua. Nos relevos há várias cenas nas quais o deus Hórus aparece ao lado do faraó como criaturas iguais, da mesma estirpe.Temos então mais uma vez o Falcão relacionado com os poderes de viajar entre mundos e visão acutilante.

 

O homem pássaro aprisionado pelos vilões somos nós mesmos quando nos iludimos com as coisas do mundo de Mamón. Ficando afastados da luz ficamos fracos.

Quando voamos em direção ao astro rei assim como o homem pássaro, ou seja, quando buscamos a luz, o entendimento, a fé raciocinada (que deve ser praticada no dia-a-dia) absorvemos nova força Crística e vencemos os nossos vilões que são as nossas próprias imperfeições, entre elas a ignorância, a vaidade, o orgulho e o egoísmo.

A foto abaixo mostra a pássaro-caverna. O desenho lembra muito a imagem de hórus, como descrito anteriormente. Que possamos, assim como este herói nos abastecermos com a luz Crística.